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Sedentos

  • Chicó
  • 9 de set. de 2024
  • 1 min de leitura

Há um fogo em nosso peito, chama que não apaga,

Mas não se entrega ao vento que tão cedo vaga.

Meu olhar te devora, como sede de mar,

Mas seu corpo é um templo que precisa esperar.


Desejo, sim, arde em cada fibra do nosso ser,

Mas quero ser mais que só o prazer de te ter.

Você é estrela que brilha, distante, suspensa,

E é preciso que eu a veja como mais que presença.


Nós, perdidos em nós, no abismo do querer,

Sabemos que o tempo é quem nos pode proteger.

Nossos lábios anseiam nossos beijos, sem disfarce,

Mas compreendes que o valor do amor é sua base.


Me encanta com teu valor, tua urgência velada,

Sei que sem fechar os ciclos, nossa história é errada.

Há um passado que sangra, que precisa se findar,

Para que nosso amor ardente possa, enfim, desabrochar.


Sedentos pela paixão que não desiste,

Sabendo que o amor só é pleno quando existe

Não apenas no toque, mas na alma a se unir,

E é nesse compasso que eu, enfim, vou te seguir.


Pois o desejo que hoje freio não é recusa,

Mas a certeza de que no tempo certo, sem musa,

Seremos fogo e vento, tempestade e mar,

Num amor que, só depois do respeito, irá se libertar.

 
 
 

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